20.5.09

O Silêncio

Pense em alguém poderoso. Essa pessoa briga e grita como uma galinha, ou olha e silencia, como um lobo? Lobos não gritam. Eles têm uma aura de força e poder. Observam em silêncio.
Somente os poderosos, sejam lobos, homens ou mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio. Além disso, quem evita dizer tudo o que tem vontade, raramente se arrepende por magoar alguém com palavras ásperas e impensadas. Exatamente por isso, o primeiro e mais óbvio sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio em momentos críticos.

Se você está em silêncio, olhando para o problema, mostra que está pensando, sem tempo para debates fúteis. Se for uma discussão que já deixou o terreno da razão, quem silencia e continua a trabalhar mostra que já venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a sua derrota.

Olhe. Sorria. Silencie. Vá em frente.

Lembre-se de que há momentos de falar e há momentos de silenciar. Escolha qual desses momentos é o correto, mesmo que tenha que se esforçar para isso. Por alguma razão, provavelmente cultural, somos treinados para a (falsa) idéia de que somos obrigados a responder a todas as perguntas e reagir a todos os ataques. Não é verdade. Você responde somente ao que quer responder e reage somente ao que quer reagir. Você nem mesmo é obrigado a atender seu telefone pessoal.

Falar é uma escolha, não uma exigência, por mais que assim o pareça. Você pode escolher o silêncio. Responda com o silêncio, quando for necessário. Use sorrisos, não sorrisos sarcásticos, mas reais. Use o olhar, use um abraço ou use qualquer outra coisa para não ter que responder em alguns momentos.

Você verá que o silêncio pode ser a mais poderosa das respostas. E, no momento certo, a mais compreensiva e real delas.


(Aldo Novak)

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Indicação de livros

  • A Arte Da Guerra - Sun Tzu
  • A cura de Schopenhauer - Irvin D. Yalom
  • Heróis de Verdade - Roberto Shinyashiki
  • O guardião de memórias - Kim Edwards
  • Quando Nietzsche Chorou - Irvin D. Yalom
  • Você é Insubstituível - Augusto Cury

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